Afeto e Representaçao – Para uma psicanálise dos processos cognitivos
A aproximação afeto-representação pretende então operar a ligação entre a posição empirista e a inatista, entre a experiência e tudo o que foi considerado endógeno, procurando principalmente na primeira a origem que foi atribuída ao segundo.
Essa busca na experiência daquilo que a psicanálise explicou em termos inatísticos leva inevitavelmente a uma revisão da teoria psicanalítica tradicional, de origem freudiana, e não só da contraposição que Freud atribuiu à representação a propósito do afeto, mas também de toda a teoria freudiana, que tende a explicar o desenvolvimento do homem mais com base na economia dos seus instintos do que em função das suas relações com o mundo.
1. A presentação – 7
I. TEORIA DO PROTOMENTAL E VALOR REPRESENTACIONAL DOS OBJETOS INTERNOS
1. Afetividade e cognição – 11
2. Para uma definição do afeto – 14
3. A teoria pulsional – 16
4. A representação: dois conceitos diferentes – 20
5. A contraposição afeto-representação – 24
6. A teoria da Relação de Objeto – 27
7. Objeto e representação em psicologia – 31
8. Objetos internos – 35
9. Da aferência à percepção – 40
10. A representação do afeto – 46
11. A diferenciação das estruturas afetivas – 53
II. APRENDENDO DA EXPERIÊNCIA: PERGUNTAS A PARTIR DE UMA RELEITURA DE BION
1. Psicanálise como teoria da aprendizagem – 63
2. Função alfa e elaboração do traço mnêmico – 66
3. Gênese do pensamento e experiências de recém-nascidos – 76
III. FUNÇÃO ALFA E VALOR REPRESENTACIONAL DOS OBJETOS INTERNOS
1. Objetos internos e estruturas cognitivas – 83
2. Cisão ou composição falhada? – 86
3. Objeto dinâmico e objeto representacional – 88
4. Objeto interno como traço mnêmico – 91
IV. UM MODELO PSICANALÍTICO DOS PROCESSOS COGNITIVOS
1. Psicanálise e estudo dos processos cognitivos – 95
2. Três interrogações de pesquisa – 100
3. Afêrencias e objetos internos – 104
4. Afêrencias, representação e operações mentais – 108
5. Percepção e memória – 110
V. AFETOS PRIMÁRIOS E FUNÇÕES COGNITIVAS
1. A mente e a sua origem – 115
2. Processos cognitivos e processos afetivos – 120
3. A distinção cognição/afeto – 125
4. Aprendizagem dos afetos e valor da representação – 129
5. Afeto e representação – 134
6. Sensorialidade e representação – 138
7. Afeto e qualidades perceptivas – 142
8. Valor cognitivo dos afetos e objetos internos – 144
9. Valor representacional dos objetos internos – 149
10. Análises da percepção – 152
11. Valor heurístico e valor clínico da teoria do Protomental – 158
12. A comunicação dos afetos – 162
VI. A REPRESENTAÇÃO DO AFETO
1. Afetos e consciência – 167
2. Descrição e explicação – 171
3. Afeto e representação em Freud – 174
4. A hipóstase da intensidade de consciência dos afetos – 179
5. O traço mnêmico do afeto – 184
6. Quais media na comunicação dos afetos? – 187
VII. A REPRESENTAÇÃO NA COMUNICAÇÃO DOS AFETOS
1. Os media dos afetos – 197
2. Afeto e representação – 203
3. Conceitos “de época” na teoria freudiana -205
4. A representação do afeto – 210
Bibliografia – 217
Nascido em 1936, em Pisa, Antonio Imbasciati é professor de Psicologia Clìnica e Director do Institudo de Psicologia e Chirurgia da Universidade de Brescia. Por 11 anos foi titular da primeira Càtedra de Psicologia na Faculdade de Magisterio da Universidade de Turim e em anos anteriores encarregado na Faculdade de Letras e Filosofla de mesma univesidade. È membro ordinàrio da Sociedade Psicanalìtica Italiana e full member da International Psychoanalytical Association.